Anticítera Schwarzbrunn
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Lara é o nome do protagonista dessa obra, um herói byroniano que, após muito tempo distante de casa, retorna, mudado, e com um pajem. Em meio a um festim, Lara é reconhecido por um rival, que lhe acusa de algum crime passado desconhecido pelas pessoas presentes, e então desaparecendo misteriosamente. Na sequência, rumores e desconfianças a respeito do passado de Lara aumentam, eclodindo uma guerra civil na qual o herói precisa lutar para tentar salvar a própria ao lado de seu fiel pajem, o único que compreende seu passado e fala sua língua .
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Lara foi a primeira tradução de Byron publicada em língua portuguesa, e seu tradutor misterioso, Tibúrcio Craveiro, com sua própria biografia como se saída da pena do autor que traduziu, possui o mérito de ter sido o introdutor da poesia byroniana no Brasil, e tê-la iniciado com um toque sombrio, de maldição e mau agouro, que iria influenciar a recepção do autor nas letras brasileiras durante o século XIX inteiro, e cuja lenda, de certa forma, alastra-se até hoje.
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Sua tradução de Lara possui, dentre outros, o mérito de ter sido feita diretamente do inglês, quando o comum era, mesmo de obras inglesas, serem intermediadas por traduções francesas. Conquanto seus decassílabos sejam brancos, com tí-midos indícios de rima, ao contrário do original, cujos dísticos rimam em parelha, Craveiro utilizou o mesmo número de es-trofes e de versos, o que denota seguir o original, coisa também não tão comum à época. Acompanha sua boa tradução, ade-mais, um apanhado biográfico do autor, apanhado relevante outrora, dada a dificuldade de se achar informações disponí-veis naqueles tempos.
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LARA - Lord Byron
Tradução e notas de Tibúrcio Antonio Craveiro
Introdução e notas de Lucas Zaparolli de Agustini
16X23 cm
64 páginas
ISBN 978-85-69199-24-3
16X23 cm
64 páginas